COI pode interromper revezamento da tocha
Reunião discutirá revisão. Chineses querem manter traçado original
A polêmica envolvendo o revezamento da tocha olímpica está longe de terminar. Após manifestações na Grécia, Turquia, Rússia, Grã Bretanha e França, o Comitê Olímpico Internacional (COI) acena com a possibilidade até mesmo de interromper o périplo, o mais longo de toda a história dos Jogos na Era Moderna. Uma reunião do Comitê Executivo do COI na próxima quinta-feira, em Pequim, vai discutir o assunto, mas os chineses já declararam sua oposição à mudança.
- Nenhuma violência pode parar o trajeto da tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim - disse à emissora inglesa "BBC" o porta-voz do comitê organizador Sun Weide.
COI pede solução | ||
Preocupado com os Jogos de agosto, o comitê olímpico já pediu à China por uma solução rápida e pacífica no Tibete. O próprio presidente Jacques Rogge falou em reunião com representantes da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (Anoc). - O revezamento da tocha se tornou o alvo das manifestações. O COI expressou ter preocupação séria e pede uma solução rápida e pacífica no Tibete. A violência, pela razão que for, não é compatível com os valores da tocha e dos Jogos Olímpicos - disse Rogge, segundo a agência de notícias italiana Ansa. | ||
Vice-presidente do COI, a sueca Gunilla Lindberg acredita ser necessária uma completa revisão da questão. Já o vice-presidente da Comissão de Coordenação das Olimpíadas de Pequim, Kevan Gosper, espera que o itinerário não seja alterado.
- Acho que seria um erro tentar fazer algo mais do que fazer com que a tocha chegue até o seu último destino - diz ele, não escondendo a possibilidade de serem feitos ajustes.
A preferência de Gosper, porém, é que esses ajustes aconteçam apenas para 2012, nos Jogos de Londres. Segundo ele, o ideal seria que o percurso da tocha se limitasse apenas ao país organizador, como era no início dos Jogos da Era Moderna.
- A tocha deveria ir de Olímpia (Grécia) ao país organizador, e espero que o Comitê Executivo (do COI) revise este ponto.
O revezamento da tocha olímpica vem sofrendo com os protestos pró-Tibete e em respeito aos direitos humanos na China. Centenas de pessoas já foram presas desde o início do percurso, em Antiga Olímpia, na Grécia. Nesta segunda-feira, Paris teve uma das mais conturbadas passagens, em que por várias vezes a tocha foi apagada. O trajeto ainda foi encurtado, com o restante sendo feito de ônibus para evitar novas crises. Antes mesmo de chegar a San Francisco, próxima parada da chama, manifestantes já fizeram um protesto no símbolo da cidade, a ponte Golden Gate.
Fonte: Globo.com
0 comentários.:
Postar um comentário