Bazar de Abadia rendem R$ 1,1 milhão

Os bens do megatraficante Juan Carlos Ramirez Abadia, que foram vendidos e leiloados em dois dias no Jockey Club de São Paulo, na Zona Sul da capital paulista, resultaram em uma arrecadação de R$ 1,1 milhão por parte da Justiça Federal.


O valor foi anunciado na tarde desta quinta-feira (10), após a conclusão do balanço do bazar e do leilão. Este último durou quase seis horas e terminou às 2h15 desta quinta. Apenas alguns relógios restaram. Eles irão a um novo leilão, que deverá ser realizado pela internet. A decisão será divulgada pela 6ª Vara Criminal Federal.


Segundo a assessoria da Justiça Federal, os objetos mais caros arrematados foram dois relógios adquiridos por R$ 97 e R$ 41 mil e uma Rural Willys, avaliada em R$ 20 mil e vendida por R$ 37 mil.


Dinheiro aplicado

Parte do dinheiro arrecadado com a venda dos objetos do megatraficante e da mulher dele ficará aplicada até que não haja mais possibilidade de recurso para o processo que ele responde.

O restante do dinheiro será dividido entre as duas entidades beneficentes organizadoras do evento: Ten Yad, que oferece refeições a pessoas carentes, e Fundação Julita, uma ONG que atende desde bebês de dois meses até idosos e oferece educação infantil, complementar, profissionalizante e alfabetização.


Bazar

O bazar com os bens do megatraficante, também no Jockey Club, só no primeiro dia arrecadou R$ 200 mil, segundo a assessoria de imprensa do evento. Após filas, empurra-empurra e confusão, foram vendidos 130 cuecas a R$ 1 cada; oito aparelhos de ar-condicionado entre R$ 300 e R$ 700; oito Bíblias a R$ 7 cada; 50 travesseiros (R$ 20 com espuma e R$ 10 sem); entre outros objetos.


O técnico judiciário Umberto Malavolta, de 41 anos, por exemplo, comprou uma poltrona na qual o colombiano estaria sentado no momento de sua prisão pela Polícia Federal em agosto do ano passado, em São Paulo. Um delegado da PF, que não quis se identificar, no entanto, não confirmou a informação.


De couro, com massageador e de cor caramelo, a poltrona foi vendida por R$ 1.200. Malavolta, que deixou o bazar sem saber a verdade sobre a poltrona, chegou a afirmar que o objeto era “uma cadeira peculiar”. Felizmente, o técnico judiciário, havia dito também que levaria a cadeira mesmo sem o motivo ilustre. “Ela é confortável e achei bonita” afirmou.


Além da poltrona, ele adquiriu duas cadeiras, uma TV de 29 polegadas e um aquecedor, entre outros produtos, ao custo total de R$ 3.100. O técnico disse não se importar em comprar objetos que pertenciam a um traficante. “Não vejo mal nisso. O dinheiro está indo para uma causa nobre”, disse.

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