Motorista e fotógrafos mataram Diana, decide júri de Londres

Foto: Patrick Bar-Nice Matin/AP
Diana e Dodi Fayed, em foto feita na Riviera Francesa, em 22 de agosto de 1997

A morte da princiesa Diana e de seu noivo, Dodi al-Fayed, em um acidente de carro em 1997 num túnel de Paris foi resultado de um "homicídio por negligência". Os culpados seriam o motorista do veículo e os carros com paparazzi (fotógrafos que perseguem celebridades) que corriam atrás do casal naquela noite, decidiu nesta segunda-feira (7) o júri do Tribunal Superior de Londres.

Veja como foi o acidente através do infográfico

Ao término de uma na investigação judicial no Alto Tribunal de Londres, os 11 membros do júri - seis mulheres e cinco homens - tomaram a decisão por unanimidade e acrescentaram que o fato de que nem Diana nem Dodi tenham colocado os cintos de segurança também contribuiu para as suas mortes.

O júri, que ouviu cerca de 250 testemunhas, afirmou que Paul havia consumido álcool e conduzia rápido demais, o que foi um fator que contribuiu para o acidente.

Foto: AP
Henri Paul, o motorista do dia do acidente, em imagem de julho de 1997

Entre as opções abertas para o júri estavam a sentença de que a princesa Diana e Dodi morreram em um acidente ou que sua morte foi resultado de um homicídio por negligência.

Outra possibilidade era um veredicto aberto se o júri de 11 membros considerasse que as provas seriam insuficientes para se chegar a uma conclusão.

  • Decisão do juiz

Na semana passada, o juiz Scott Baker, a cargo da investigação judicial sobre a morte de Diana de Gales, afirmou que "não há provas" de que o príncipe Philip ou os serviços de espionagem britânicos MI6 tenham ordenado a "execução" da princesa, ao resumir o caso no Tribunal Superior de Londres.

"Não há provas de que o duque de Edimburgo tenha ordenado a execução de Diana, e não há provas de que os serviços de inteligência ou outro organismo do Governo tenha organizado" o ato, disse Baker, ao a resumir os pontos principais do caso, antes que os membros do júri se retirem para considerar a sentença.

Foto: Stephen Hird/Reuters
A irmã de Diana, Sarah McCorquodale, deixa a Corte, em Londres

O juiz acrescentou que as teorias da conspiração argumentadas pelo dono das lojas de departamento Harrods, o milionário egípcio Mohamed al-Fayed, não tiveram fundamento.


"Não há prova alguma" para apoiar a afirmação de Al-Fayed, que acredita que os serviços secretos, com o apoio do marido da rainha Elizabeth II, participaram de uma conspiração para impedir que Diana e Dodi al-Fayed pudessem se casar.

O resumo do caso é a fase final de um processo judicial que começou há seis meses e que busca esclarecer a morte de Lady Di e do namorado, que perderam a vida quando o automóvel onde estavam bateu contra uma coluna do túnel da ponte D'Alma, em Paris, em 31 de agosto de 1997.

A tragédia também causou a morte do motorista do veículo, Henri Paul. O guarda-costas Trevor Rhys-Jones se salvou.

Duas investigações - uma francesa e outra britânica - concluíram na época que o casal morreu em um acidente automobilístico.

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