Argentina critica jogos na altitude

Os médicos das seleções de futebol da Argentina e do Uruguai denunciaram o peso do dinheiro e da política na resolução adotada pela Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) a favor de jogos em grandes altitudes.

- A Bolívia pagou ao médico do Equador (não identificado) três dias em um hotel e ele defendeu partidas na altitude - denunciou Eduardo Barbosa, médico da seleção uruguaia, em declarações publicadas pela agência de notícias italiana “Ansa”.

Barbosa declarou que algumas pessoas que aprovam tais resoluções nem sequer estiveram na Bolívia, "não viveram a realidade das eliminatórias e nunca pisaram em La Paz".

O médico da seleção argentina, Homero D'Agostinho, disse que "a política supera a ciência" e concorda plenamente com a medida adotada pela Fifa (de proibir partidas acima de 2.750 metros), embora tenha falado que não se surpreendeu com a resolução da Conmebol.

D'Agostinho explicou que o rendimento esportivo é notoriamente diferente na altitude. "É desleal jogar em condições desiguais. Deveriam, então, permitir o uso de estimulantes", disse o argentino.

O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) e vice-presidente da Fifa, Julio Grondona, foi um dos dirigentes sul-americanos que levantaram a mão para apoiar a Bolívia e o Equador nas realizações de jogos na altitude. Somente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se opôs à medida.

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