Caso Isabella: Pai e madrasta são levados para delegacias diferentes

O casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5 anos, que morreu no sábado após cair do sexto andar de um prédio em São Paulo, fez exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), no Hospital das Clínicas, na região dos Jardins, na noite de hoje e foram para delegacias diferentes. Nardoni chegou ao 77º Distrito Policial, às 21h. Cerca de 50 pessoas pediam justiça e o chamavam de "assassino". Anna Carolina foi para o 89º Distrito Policial, onde chegou por volta das 20h50. Ela deixou o IML antes de Nardoni.

O casal deixou o 9º Distrito Policial (Carandiru), onde o caso está sendo investigado, para ir ao IML por volta das 20h de hoje. Eles estavam algemados e saíram em camburões separados. Cerca de 100 pessoas acompanharam a movimentação e muitas xingaram o casal.

Ao chegar na delegacia em que ficará preso, Nardoni foi escoltado por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE). Ele disse: "eu sou inocente, eu sou inocente".

O pai de Isabella está em uma cela individual, de cerca de 10 m² e com banheiro. No local, não há cama, apenas um colchonete. Ele terá direito a três refeições por dia. Como a investigação está a cargo do 9º DP, os investigadores têm liberdade para ir até o 77º DP para levar Nardoni para interrogá-lo quando acharem necessário. Ele terá direito a visitas quinzenais nas quintas-feiras.

Ricardo Martins, advogado que acompanhou Nardoni, deixou a delegacia de camburão com o GOE e disse que não falaria com a imprensa, mas prometeu mais esclarecimentos posteriormente.

O pai e a madrasta de Isabella se entregaram à polícia às 15h55 de hoje no Fórum de Santana. Segundo o delegado Aldo Galeano, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), o casal demorou para se apresentar pois temia ser agredido. Eles foram encaminhados ao 9º DP, onde o caso é investigado.

De acordo com o delegado Aldo Galeano, as contradições nos depoimentos levaram ao pedido de prisão temporária do casal. "São algumas contradições (nos depoimentos), são vários pontos que precisam ser esclarecidos e a prisão temporária é justamente para isso", disse Galeano.


Fonte: Terra

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