Senado cria segunda CPI dos Cartões

Senador Efraim Moraes leu requerimento de criação de CPI exclusiva.
Base aliada reivindica presidência e relatoria da investigação.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), determinou na tarde dessa terça-feira (8) a leitura do requerimento de criação de uma CPI exclusiva do Senado para apurar as irregularidades nos gastos com cartões corporativos. Com a leitura, feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), fica aberto o prazo para que os partidos indiquem seus representantes na comissão.


A criação da segunda CPI é o rompimento de um acordo firmado entre governo e oposição para a instalação da comissão mista. Na ocasião, o governo cedeu a presidência da CPI mista ao PSDB para evitar duas investigações sobre o mesmo tema.

A oposição, no entanto, não se mostrou satisfeita com o andamento do trabalho da comissão mista. Com ampla maioria na CPI mista, que é formada por 16 representantes de partidos da base contra oito de oposição, os governistas conseguiram impedir a convocação da ministra Dilma Roussef (Casa Civil) e derrubar todos os pedidos de quebra de sigilo dos cartões até agora.

A composição da nova CPI, no entanto, também será bastante favorável ao governo. Das 11 vagas de titulares, oito serão ocupadas por senadores da base aliada e apenas três ficarão com a oposição. Entre os suplentes, são cinco vagas para os governistas e duas para a oposição.

Além da favorável composição da CPI, a base aliada afirma ainda que irá brigar pelo comando total da comissão. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirma que devido à “quebra de acordo” a base vai fazer o que for preciso para ficar com a presidência e a relatoria da comissão.

A oposição protesta e argumenta que forma o maior bloco na Casa, com 25 senadores, e que o DEM tem a segunda maior bancada partidária, com 13 representantes. O PMDB é dono da maior bancada, com 19 senadores.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ameaça, novamente, atrasar as votações em plenário por meio de obstrução se o governo insistir em ocupar a presidência e a relatoria da comissão.


fonte: G1

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