Marta minimiza ausências e confia em entrosamento para obter vaga

Das 22 convocadas da seleção feminina de futebol para a partida contra Gana, no próximo dia 19 em Pequim, e que vale vaga para as Olimpíadas, apenas 13 disputaram a Copa do Mundo em 2007. A renovação em um curto espaço de tempo pode causar problemas para a equipe do técnico Jorge Barcellos, certo? Para a meia-atacante Marta, não. "Gente, nós jogamos juntas há anos. Entrosamento é o que não falta", justifica.

Mas a própria jogadora - eleita melhor do mundo pela segunda vez seguida em 2007 e principal estrela do time que tentará a vaga para a Olimpíada - ressalta que o grupo ainda não está fechado. "O futebol feminino brasileiro é forte no todo. E se nós passarmos para as Olimpíadas o grupo ainda não está definido".

A dificuldade de contar com as jogadoras que atuam no exterior em tempo hábil para a preparação para o confronto contra Gana obrigou Barcellos a deixar de lado nomes que ajudaram a equipe a conquistar a prata no Mundial do ano passado.

As laterais Elaine e Simone Jatobá, a goleira Andréia e as veteranas atacantes Kátia Cilene e Pretinha não foram convocadas para a partida contra a equipe africana. Contatado pela reportagem para comentar o assunto, o treinador da seleção, por mais de uma vez, evitou falar, desligando o telefone.

Marta confirmou que segue no dia 14 deste mês direto da Suécia para se encontrar com a seleção brasileira em Pequim. A ansiedade da atacante brasileira é tanta para os Jogos, que ela nem se preocupa em manter o seu reinado na premiação dos melhores do ano pela Fifa. "Nem penso nisso agora. Quero pensar só na Olimpíada".

Sobre os adversários em uma provável participação na Olimpíada, Marta aponta a Alemanha e os Estados Unidos como os principais. "Mas acredito que estamos no mesmo nível que elas".

Marta não sabe precisar o que mudou no seu futebol da última Olimpíada (quando o time de René Simões conquistou a medalha de prata inédita) para cá, mas confessa que a responsabilidade da seleção feminina aumentou. "A confiança de hoje é maior, principalmente pelos últimos resultados. Por outro lado, a responsabilidade é maior também".

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