Caso Isabella: Mãe de Isabella diz, ao 'Fantástico', que filha tinha amor 'incondicional' pelo pai

Sete dias após a morte da filha, a mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina de Oliveira, falou para o Fantástico que não sabe o que aconteceu na noite do crime e que não pensa sobre as suspeitas relacionadas ao pai da menina, mas que acredita que o culpado será descoberto.


"Eu e ele (Alexandre), a gente tinha uma relação distante. Mas ela (Isabella) tinha um amor incondicional por esse pai", disse, acrescentando que a menina de 5 anos nunca falou mal do pai. ”Nunca Isabella deu algum sinal, e nunca falou nada sobre o pai. Eu não sei o que aconteceu aquele dia. Fico muito triste em saber que minha filha sofreu, mas o que aconteceu a gente ainda vai descobrir."

Seis anos atrás, ainda adolescente, Ana Carolina sabia que ao completar 18 anos ia receber um presente especial. "Fiquei grávida aos 17. Fiz 18 anos no dia 5 de abril e ela nasceu no dia 18. Então ela foi um presente que veio para alegrar a todos, à minha família. Eu sei que ela era muito amada, muito querida". No dia de seu aniversário de 24 anos, completados no sábado (5), Ana falou que havia planejado ter passado a data com a filha. "Eu gostaria muito de tê-la comemorando aqui comigo. Eu tinha até programado uma festa na qual ela também ia comigo."

Agora ela tenta entender a perda da filha Isabella. "Tudo aconteceu comigo muito cedo. Fui mãe muito cedo. Eu perdi uma filha muito cedo. Então, eu acho que tudo é superação. Aprendi muito com ela. Ela veio só para me ensinar. E agora com ela nos deixando aqui, continua nos ensinando."


Ana conta que a filha não gostava de tristeza. "Ela era uma pessoa feliz. Ela não gostava de tristeza. Ela tinha amor para dar para todos. Teve até um caso trágico. Nós fomos assaltadas juntas. Eu fiquei com muito medo, chorava. Ela disse assim: mamãe não precisa ficar com medo. Teve uma vez que eu assisti o filme da múmia. Eu fechei o olho, parei para pensar e pensei só em coisa boa e passou. Então faz o mesmo. Além da relação mãe e filha, nós éramos muito amigas."


Ana contou que a última vez que falou com a filha foi por telefone. "Eu falei com ela na sexta-feira, quando ela já tinha ido para a casa do pai. Era por volta das 18h, eu estava voltando do trabalho, e liguei para saber se ela estava bem. Aí eu perguntei: filha, você está feliz? Ela falou: estou muito feliz. Aí eu falei: está bom. Um beijo, eu te amo. Ela falou: também. Eu te amo muito, muito, muito, mamãe. Aí, no sábado, eu tentei falar e não consegui, e aí veio a notícia toda".


Segundo Ana, ela ficou sabendo do que aconteceu pela madrasta de Isabella. "No sábado à noite, a Carol me ligou avisando que tinha tido um acidente e eu estava muito próximo da casa deles, e eu acabei chegando muito rápido, a tempo de conseguir acompanhar tudo. Eu acompanhei minha filha até o hospital. A minha concentração era: eu preciso estar forte para ajudar a minha filha porque minha filha precisa de mim. Infelizmente, ela veio a falecer”. E acrescentou: “Eu preciso continuar. Se eu me entregar à tristeza, à angústia, à dor, isso vai ser pior para mim. E ela não gostaria que isso acontecesse, eu tenho certeza”.


Questionada sobre o que irá lembrar da filha, Ana disse: “Só do meu amor, do quanto éramos felizes, amigas, parceiras e companheira. Tudo o que ela me passou de bom nesses cinco anos, quase seis”.

0 comentários.: